terça-feira, 14 de junho de 2011

Donas de casa dão dicas de como driblar a inflação

Renato Crispiniano


Com a volta da inflação é preciso que o consumidor fique de olho nos preços e não se descuide do orçamento doméstico. A constatação é do Movimento das Donas de Casa de Belo Horizonte que orienta as donas de casa que fiquem atentas as constantes variações nos preços de alguns produtos.

Dados publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) marcou aumento no ritmo de elevação dos preços com inflação de 0,77% em abril, taxa 0,17 ponto percentual maior que a registrada em março. No acumulado do ano, o índice já tem variação de 3,14%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 registra taxa de 6,44%, 0,31 ponto percentual acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores.

Para a presidente do Movimento das Donas de Casa, Lúcia Pacífico, o momento é de rever as contas, gastar menos e procurar substituir os produtos que insistem em variar de preços nos mercados. Ela aconselha o boicote a supermercados e comércios que abusarem nos preços. “É preciso que a dona de casa não compre produtos mais caros, escolha aqueles da estação e substituam marcas que elevarem seus preços. “O princípio ativo é o mesmo o que altera é a embalagem”, disse.

Segundo economistas ouvidos pela reportagem, o aumento do ritmo inflacionário neste mês deve-se principalmente aos grupos alimentação e bebidas e transportes, que registraram variação de 0,79% e 1,45% em abril, respectivamente. Esses dois grupos contribuíram com 0,46 ponto percentual na taxa de inflação apurada, ou 60% do índice.

No mês passado, os preços dos alimentos tinham sido destacados pelo IBGE justamente pela contribuição na redução do ritmo de aumento. Além disso, a expectativa em relação aos transportes era de que a inflação perdesse força por conta do fim do período de reajustes tairfários, típico do início do ano. Entretanto, as tarifas seguem com inflação elevada e agora há forte contribuição dos preços dos combustíveis. “Não há nada pior para uma economia que a inflação, já vivemos esse período e não queremos que ele volte”.

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